terça-feira, 6 de julho de 2010

Chaplin by Tia Bel!!

Charles Chaplin dispensa apresentações. Quem não conhece Carlitos, o Vagabundo, de bengala e chapéu côco? Trapalhão e maltrapilho?. Eu, como todo cinéfilo que se preza tenho minha lista “os mais mais de todos os tempos”, onde incluí Luzes da Cidade. Só para lembrar é aquela história em que Carlitos se apaixona por uma jovem vendedora de flores, deficiente visual. Ele vai em busca de dinheiro para uma cirurgia que iria restituir a visão à jovem florista. O filme tem emoções fortes, como também, situações hilariantes. Tem algumas cenas antológicas, como a que faz a florista confundir o vagabundo com um milionário.
Tempos Modernos é outro clássico do cinema, até hoje usado nas palestras de Ergonomia, para mostrar os problemas gerados para os operários na indústria, com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É aquela famosa cena onde Carlitos aperta parafusos de forma contínua e ininterrupta numa esteira rolante, e quando termina o turno ele continua repetindo os mesmos movimentos.
Enfim o filme é uma crítica a sociedade capitalista e a cena de abertura também é inesquecível, compara os trabalhadores a um grupo de ovelhas.
Minha neta Beatriz gosta de ver desenhos animados na tv desde 1 ano de idade. Aos 4 anos, ela ocasionalmente dormia na minha casa e por isto eu tinha 2 dvds de desenhos que vimos e revimos várias vezes. Eu, cansada daquela repetição, um dia, sugeri outro filme e coloquei O Circo de Charles Chaplin. A princípio ela resistiu um pouco, mas a partir da cena em que Carlitos come o sanduíche na mão de um garoto que está no colo do pai, ela ficou completamente atenta até o final. Apenas comentou que esqueceram de pintar aquele filme. No dia seguinte queria vê O Circo novamente e assim foi.
Após inúmeras repetições Bia descobriu que eu tinha outros filmes de Chaplin e queria vê-los, apesar de eu não haver incentivado. Enfim, uma noite, coloquei Luzes da Cidade, pensando que ela dormiria logo. Ledo engano. Viu o filme até 10h da noite, completamente desperta. Daí em diante ou era o filme do circo ou o filme da cega.

Resolvi então comprar O Garoto, outro filme de Chaplin, o qual eu me lembrava muito pouco. Vimos o filme juntas e eu comentei que este não era muito bom e ela concordou. Na semana seguinte ela queria ver um filme. “O do circo ou o da cega?”– perguntei apressada, ela respondeu que queria O Garoto. Eu, novamente, “O Garoto? Nós nem gostamos muito deste. Não adiantou, ela queria O Garoto. E agora eram 3.
Não esperem que eu diga que minha neta é um prodígio. O mérito é de Chaplin. Num domingo em que havia vários convidados em minha casa, sob o comando de Bia, de repente estavam todas as crianças (4 ou 5) concentradas assistindo O CIRCO, além de alguns adultos de carona. Surpreendente que em pleno século XXI, do som e da imagem, das cores, da internet, dos vídeo-games, dos desenhos em 3D, um filme mudo e sem cor consegue despertar e prender a atenção de crianças. Incrível. Coisa de gênio!

texto de Tia Bel postado no Blog Caravana da Alegria (aqui como Barreto publicando sua história) que gostei muito e resolvi publicar também!!

BY Any!! Eu atribuo o mérito não de ver o filme, mas de estar aos 4 ou 5 anos atenta às genialidades do mundo a minha pequena gigante Beatriz!! Ela sempre foi muito inteligente e até hoje ainda nos surpreende com tiradas um tanto quanto não apropriada para a sua idade!!!
Te Amo muito Bia!!
Any!!

3 comentários:

Bel B disse...

Agora é Let que vive assistindo o CIRCO, além de Grande Família (claro!) e Hi-5.
E Pedro, quando esteve aí no final de semana, viu O GAROTO, junto com Bia.

Betty Boop disse...

é verdade!! até eu vou ter q me render e conhecer esses dois filmes...

Betty Boop disse...

é verdade!! até eu vou ter q me render e conhecer esses dois filmes...